O termo Cultura Corporal começou a ser usado na Educação Física em meados dos anos 90 para redefinir a abordagem do ensino dessa área. Até então, as práticas trabalhadas pela Educação Física eram restritas ao ensino do esportes e o objetivo era selecionar os mais habilidosos para a formação de equipes.
A Cultura Corporal de Movimento rompe com a perspectiva seletiva e excludente, trazendo o direito de acesso a todos e indicando a inclusão e a diversidade como princípios didáticos.
Aqui no Rainha, o trabalho com a Cultura Corporal como direito de aprendizagem de todos acontece durante as aulas curriculares de Educação Física do Infantil ao Médio, diversificando processos de ensino e transitando entre manifestações de jogos, esportes, danças, lutas e ginásticas.
Ao mesmo tempo, transborda das aulas curriculares para o currículo ampliado. No período vespertino/noturno, o Rainha oferece Cursos Livres, em que os alunos podem aprofundar o conhecimento e o diálogo com diferentes práticas, como capoeira, circo, ginásticas rítmicas e danças brasileiras, esportes radicais e esporte com bola.
Desenvolvemos também um trabalho de Treinamento Esportivo com equipes que participam dos campeonatos e torneios escolares. As modalidades são futebol, vôlei, basquete e tchoukball e todos os alunos e alunas são bem-vindos a participar dos treinamentos.
É a partir do diálogo entre os significados que tais práticas carregam, como se transformam em diferentes contextos e ao longo do tempo, que os alunos podem se apropriar da Cultura Corporal do Movimento, "formando o cidadão e a cidadã que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-os para usufruir dos jogos, dos esportes, das danças, das lutas e das ginásticas em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida."*
*PCN Educação Física, MEC 1998.